Lennie havia se acostumado a viver, fazer tudo que a irmã
dizia e não sabia mais pensar por si mesma. Até que sua irmã morre (Isso diz na
parte de trás do livro, então não é spoiler). E Lennie Walker precisa resolver
seus conflitos e tomar as rédeas de sua vida.
Um livro cheio surpresas, reviravoltas, como lidar com o
luto, busca pela identidade e o que para mim é a melhor parte e mais
diversificada dos demais livros, pois este é entremeado de textos deixados por
Lennie em diversos lugares, como o que foi deixado no livro “O morro dos ventos uivantes” que
encontrava-se na biblioteca da escola.
“ Visto as roupas dela. Abotoo uma das suas camisetas
por cima da minha própria camisa. Ou abraço uma delas, ás vezes duas, ás vezes
enrolo todos os seus cachecóis de diva em seu pescoço.
Ou tiro a roupa e ponho um de seus vestidos justos,
deixando o tecido cair sobre a minha pele como água.
Sempre me sinto melhor depois disso, como se ela
estivesse me abraçando.
Então, toco as coisas que estão no mesmo lugar desde a
morte: dólares amassados retirados de um bolso suado, os três frascos de
perfume, agora sempre com a mesma quantidade de líquido em cada um deles, a
peça de San Sheperd, Louco de amor, com o marcador do livro sempre na mesma
página.
Já li o texto duas vezes por ela até agora, sempre
deixo o marcador no mesmo lugar em que estava, quando acabo.
Isso que me mata!
Ela nunca vai saber o que acontece no fim.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário