quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Área Infanto-juvenil da Feira do Livro Completa 20 Anos de História

        Sessão infantil da feira só foi criada no ano de 1995

   A primeira Feira do Livro ocorreu em 1955, organizada pelo jornalista Say Marques, diretor secretário do Diário de Notícias (1925-1979). Inspirado em um evento literário que havia conhecido na Cinelândia, no Rio de Janeiro, ele decidiu trazer a ideia para Porto Alegre. O evento tinha como intuito popularizar o livro. Assim, o primeiro slogan foi “Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo”. A primeira edição contou com 14 barracas de madeira. Ao longo dos anos a Feira expandiu, crescendo em número de expositores, públicos e atrações, mas sem perder seu caráter popular.
Em 1995, o evento ganhou a Área Infantil. Antes disso, havia a ideia de que, se houvesse um espaço separado, o evento perderia a participação de alguns pais, que iam a Praça para levar seus filhos. Até o ano de 1997, só havia duas barracas na Sessão Infanto-juvenil. A partir de 1998, com o patrocínio da Petrobras, que se mantém até hoje, houve a expansão e consolidação da área, contendo hoje, 15 bancas. 
   A criação da Sessão Infantil foi de suma importância, pois os livros representam um papel imprescindível na formação da criança. Ampliando seus horizontes, servindo de combustível para a criatividade e, acima de tudo, estimulando a liberdade de pensamento. Quando uma criança lê desde pequena, tem grandes chances de desenvolver seu senso crítico e se tornar um leitor assíduo. É o que afirma a coordenadora da área infantil da Feira do Livro, Sônia Zanchetta. “As crianças que têm escolas e famílias que valorizam a leitura costumam se tornar leitores para além dos muros da escola, ou seja, leitores para sempre”, diz a coordenadora.
 O livro infantil, antigamente, era limitado e com edições pouco atraentes. Hoje em dia, ganha cada vez mais espaço, pois afinal, são os livros que inserem as crianças em um mundo de significados e permite a ampliação e a construção da cultura. E, é isso que Fernanda Santos, 24 anos, mãe de Maria Alice de 4 anos, destaca. “É um incentivo muito grande para a cultura, principalmente para as crianças, para que elas desenvolvam desde cedo o hábito de ler”.
    A Feira conta com dois espaços concebidos especialmente para as crianças de 0 a 6 anos: o jardim do Chapeleiro Maluco, com contações de histórias a cargo da Turma da Alice (três contadores de histórias e dois músicos caracterizados como personagens do Alice no País das Maravilhas). E a Bebeteca, uma biblioteca que visa incentivar a leitura em família. Os personagens do setor infantil e juvenil, deste ano, foram escolhidos por conta dos 150 anos de publicação do livro Alice no País das Maravilhas. A organizadora da sessão Ana Paula Cecato, ainda ressalta o principal objetivo do ambiente “o intuito é a formação e a qualificação de leitores”.
  A Bibliotecária da Secretaria do Estado da Educação, Maria do Carmo Mezeti, ressalta a importância do livro para a criança se tornar um ser crítico "conforme a criança lê, começa a criticar e ter dúvidas, e com isso há questionamento. Levando-nos por fim, a ser cidadãos críticos".
  O incentivo das famílias é de suma importância para a formação de leitores assíduos. Rafaela é um exemplo disto. A menina que tem 8 anos  começou a se interessar pela leitura encorajada por sua mãe, Mariana Pereira, 31 anos "nós duas temos o hábito de vir  todos os anos. Este ano foi a Rafa que me cobrou a vinda na feira. Ela gosta muito de ler e agora que está alfabetizada, costuma ler para mim", comenta a mãe de Rafaela. A menina de 8 anos ainda destaca “gosto muito de ler e vir aqui sempre".
 Desta forma, a Feira cativa cada vez mais os pequenos leitores, trazendo-os para este mundo de magia e fantasia. Tornando-os cidadãos críticos e formadores de opinião. Construindo assim, uma geração mais instruída.





Nenhum comentário:

Postar um comentário